COMPOSTO "4 Rs" DAS RELAÇÕES PÚBLICAS PLENAS

COMPOSTO "4 Rs" DAS RELAÇÕES PÚBLICAS PLENAS

domingo, 28 de dezembro de 2014

"Na falta de ideias próprias, roubemos as dos outros".

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Assim age o pessoal - na maioria jornalistas em desvio-de-função (e alguns, de caráter) - abrigados naquela empresa disfarçada de ONG - a associação brasileira de editores de revistas e jornais de empresa. 

Em 2014, mais precisamente em 10 de abril, tive a oportunidade de desconstruir, item por item, o ardiloso storytelling da entidade contra a profissão regulamentada de relações-públicas, o qual propugnava, até, a "implosão" do Conferp! E isto, sob a atitude plácida da presidente do Órgão!

Naquela oportunidade, em minha palestra - e seguindo a lógica de meu livro lançado em 2a. edição (em 2013) - proferi a seguinte conclusão: “A outra face da medalha da Ética é a Transparência”. E não é que a entidade - verdadeira "FIFA" da comunicação no Brasil, ou seja, movida à mesma moda do Iscariotes - vem "lançar" um "ano da ética e transparência"? 

Impossível! Absolutamente, não dá para propugnar algo que não se pratica!
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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

ESTE FOI UM ANO MARAVILHOSO!


2014 - Ano do centenário das Relações Públicas no Brasil - fechou-se com chave-de-ouro para o Observatório da Comunicação Institucional (OCI)!

‪#‎TODO_MUNDO_PRECISA_DE_UM_RP‬!

‪#‎RELAÇÕES_PÚBLICAS_PROFISSIONAL_DA_TRANSPARÊNCIA‬!
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Qual é o problema - ainda - com RP ?

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Entende-se o estado das discussões - velhas - em nossa área, hoje, pelos péssimos (há exceções, claro) "professores" colocados para ministrar as cadeiras de Ética, de Legislação, e de Direito da Comunicação. 

Como secretário-geral do Conrerp1 (07/01/2010 a 07/01/2013) senti isto na carne. 

As pessoas simplesmente desconhecem o ambiente jurídico-legal da área em que se... formaram!

Convido a todos a visitarem este site, o qual foi produzido a partir dessa minha experiência, em que eu era responsável por legislação, fiscalização, doutrina, jurisprudência e consultoria aos conselheiros analistas nos processos julgados em plenárias - quinzenais - do Conselho. 

Nós tivemos - e ainda temos alguns - problemas porque: 

(1) As profissões no país foram regulamentadas no período de exceção (a nossa, a de jornalista, a de publicitário, a de administrador - só para citar algumas mais próximas); 

(2) Os primeiros errepês estavam postados nas empresas para NÃO deixarem a imprensa entrar (o que hoje é exatamente o oposto); 

(3) Tínhamos que ter sido criados nas escolas de Administração (o primeiro curso chegou a ser dado na FGV), mas a ditadura inventou a tal da Comunicação "Social" (que aliás, e graças aos céus, não existe mais, desde setembro/2013, por decisão do MEC); 

(4) Nas escolas de Comunicação fomos sempre o curso 'patinho feio' (primeiro a ser descontinuado em crises, por exemplo), justamente pelos fatos descritos em (2) e (3); 

(5) Nossa filosofia de ação é - ou pelo menos deve ser - a da criação sueca "ombudsman" - ou seja - um membro do (ou pelo menos no) "board" a serviço do cliente, do público em geral e dos "stakeholders" em particular (e em nosso tosco Brasil, país antítese da Suécia, ainda vivemos num ambiente de barbárie humana, social e empresarial, infelizmente). 

Mas - sempre tem um 'mas' - escolhemos esta paixão, e só há um caminho de tornar a nossa - bela e querida - formação um processo real de profissão (no mercado e de fé): trabalhar, trabalhar e trabalhar; explicar, explicar e explicar; mediar, mediar e mediar; negociar, negociar e negociar - eternamente! 

Só assim se muda a cultura de uma organização, de uma comunidade ou de uma nação. 

Nosso caminho, pois, é um só - civilizatório. Não existem boas Relações Públicas onde não há Jornalismo (e um ambiente geral) livre, diverso, plural. Relações Públicas são filhas da democracia, da livre iniciativa, da liberdade de opinião e do apego à verdade. 

Fora disso, há só tráfico de influência, más práticas de comunicação institucional, e maus profissionais - e justamente para coibir isto é que somos uma profissão regulamentada. Com Código de Ética com força de Lei e Responsabilidade Técnica estabelecida por legislação complementar. 

Somos idealistas? SIM! E por isso, recomendo sempre a leitura do mais recente livro do meu 'guru', Roberto Porto Simões: "Informação, inteligência e utopia: contribuição para uma teoria de relações públicas".
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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Lançamento do RP.DOC e livro - homenagem aos 100 anos de RP no Brasil - Centro Cultural JMM / INTERCOM.


Marcelo Ficher: - Felizes pelo gentil convite da INTERCOM; nosso livro em muito boas mãos; José Marques de Melo e Manuel Carlos Chaparro. Na foto, com Marcondes Neto, co-autor do livro e diretor do documentário "1 jornalista 10 errepês 100 anos...". 

Gratos às colegas professoras Edi Bacco e Sônia Jaconi.

São Paulo, 13/12/14.
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sábado, 29 de novembro de 2014

Não ao RP sem bacharelado em RP 2.

https://www.facebook.com/video.php?v=1529422203964675&set=vb.100006907294742&type=2&theater

Não ao RP sem bacharelado em RP 2

1) A profissão regulamentada de "relações-públicas" é a única no campo da Comunicação que preconiza Responsabilidade Técnica (RT). Este, aliás, é "o" aspecto que diferencia uma profissão regulamentada das demais, além do Código de Ética com força de lei - algo também inerente a essa condição.

2) O que isto significa? Que uma comunicação parcial, incompleta, enganosa, que induz o cidadão a erro de julgamento, pode ser objeto de denúncia e verificação de "RT" por parte do Conrerp da Região em que a denúncia é feita. Observação: Todos os Conselhos Profissionais movem-se a partir de denúncias.

3) Assim, comunicados mal feitos por organizações públicas ou privadas, ou mesmo a falta de uma comunicação institucional devida, podem ser averiguados por uma fiscalização e, constatada a irregularidade - ser, a tal comunicação, feita por alguém inabilitado para fazê-la -, abrir uma vaga para um relações-públicas devidamente formado e registrado.

4) É claro que a substituição de um curioso, amador, ou outro profissional em desvio de função, só será encaminhada e bem sucedida se houver, na Região, perfis competentes à disposição, devidamente habilitados para o exercício da nossa Responsabilidade Técnica - produzindo a "informação de caráter institucional" - como define a nossa Lei 5.377/1967.

5) Não se quer - nem é legítimo querer - uma reserva de mercado para pessoas formadas, mas incompetentes. Porém, se houver relações-públicas competentes e disponíveis, que a eles sejam destinadas as vagas a que fazem jus por direito. Esta é a missão intrínseca - e indesviável - do Sistema Conferp-Conrerp.
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domingo, 16 de novembro de 2014

MUDANÇA EM 5 TEMPOS. De um Sistema acuado e inoperante a um verdadeiro regime de fiscalização e defesa da profissão e de quem se beneficia dela - o cidadão e a comunidade.

 
1) O Sistema Conferp-Conrerp consultará - ainda no atual mandato (2013-2015) - os profissionais registrados sobre "atualização" da Lei 5.377/1967 - que criou a profissão regulamentada de "relações-públicas" no Brasil. Entre as 2.512 atividades listadas no Catálogo Brasileiro de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), há apenas 62 profissões regulamentadas -, ou seja, um privilégio e um direito-dever que coloca as Relações Públicas no mesmo patamar, e sob a devida - e correlata - Responsabilidade Técnica de carreiras como as da Administração, da Arquitetura (cujo Conselho Profissional próprio foi criado em 2012!), do Direito, da Economia, Engenharia, da Farmácia, da Fisioterapia, da Medicina, da Química. Por isso o nosso Código de Ética tem força de lei e temos - diante da cidadania - a obrigação de fiscalizar, mormente a partir de denúncia, o mau exercício profissional e as más práticas de comunicação institucional, que, aliás, infestam o dia-a-dia dos brasileiros, vindas de toda parte: governos, empresas e mesmo do terceiro setor.

2) Há hoje, no Congresso Nacional, em diferentes estágios de evolução, Propostas de Emenda à Constituição (PECs) pleiteando a criação de inúmeras, dezenas, de profissões. Com melhor ou pior embasamento jurídico-legal, pugnam por reconhecimento, regulação e fiscalização junto ao mercado, "profissionais" de Marketing, de Pesquisa de Mercado, de Cerimonial, de Design, de Captação de Recursos, entre outras. Entende-se, em TODAS as justificativas para tais pleitos; (a) necessidade de amparar, profissionalmente, trabalhadores e clientes (b) regulamentar relações comerciais e laborais, e (c) proteger o cidadão consumidor de serviços... exatamente o que toda e qualquer profissão regulamentada provê... não só para o profissional, mas - sobretudo - para quem o contrata - a Responsabilidade Técnica por um trabalho específico, técnico, especializado.

3) Não existe a figura jurídica da "atualização de lei". Assim como não existe o termo empregado pela gestão anterior, de "flexibilização de lei" e, muito menos, a "abertura" do registro profissional preconizada pelos defensores da Carta de Atibaia (de 1997). O que alguns querem (a metade da classe, rigorosamente, por levantamento da gestão anterior - bastante documentado) - e que me posto CONTRA, agora - é, simplesmente, a "concessão do registro de relações-públicas a não-bacharéis em Relações Públicas". PONTO.

4) A Carta de Atibaia - um documento sério, fundamentado e ponderado - inspirou a muitos, inclusive eu, durante muito tempo, na concordância com a ideia da concessão do registro profissional a não-bacharéis. Confiávamos no estabelecimento de um exame de proficiência na área - à imagem do que acontece no Direito e nas Ciências Contábeis - algo, constate-se, absolutamente inexequível (por uma estrutura inexistente), inexigível (não há cursos com 2/3 de docentes errepês, ou com 2/3 da carga horária com disciplinas de RP - o que caracterizaria relevância a conteúdos específicos de pós-graduação) e, pior, inconstitucional - por não haver previsão em lei, de tal exame. Primeiro fato: as razões da Carta de Atibaia envelheceram com o advento da internet - que veio esvaziar seu detalhamento, justamente o mesmo que também deu origem à Resolução Normativa 43 do Conferp (2002) - norma natimorta, rechaçada pelo mercado.

5) Segundo fato: as razões da Carta de Atibaia morreram. Com a queda da exigência do diploma de nível superior para o exercício da profissão de jornalista em 2001 (por "lobbying" dos patrões "jornalistas") e a expedição das novas diretrizes curriculares nacionais (DCNs) para Jornalismo e Relações Públicas, em 2013, pelo Ministério da Educação - que consagraram o fim do "guarda-chuva" da Comunicação "Social" imposto pela ditadura e tornaram autônoma a criação de cursos de Relações Públicas independentes MUDOU o ambiente legal - além do cenário de negócios, que cita RP de modo correto, como nunca, mídia incluída - o que RECLAMA que se mantenha a legislação, mudando a opinião de muitos, como eu, pela não concessão de registro profissional a não-bacharéis e se agudize o processo fiscalizatório em benefício da sociedade e da própria democracia - papel moral, ético, central e obrigatório de todas as profissões regulamentadas.
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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Sobre instituições.

Para aqueles que já ultrapassaram a dificuldade - real - de compreender o que é a tal da comunicação institucional, principal valor, disciplina e sustentáculo da profissão de relações-públicas no Brasil.
 

INSTITUIÇÕES - repito isto há 29 anos, em aulas, palestras, bancas examinadoras, livros e vídeos - não são paredes de tijolo e massa (como as da Catedral da Sé, as da UFRJ e as da USP), ou de concreto, aço e vidro (como as da Catedral de São Sebastião ou as da UERJ). Instituições não são plantas industriais (como as da CSN e Nestlé), frotas de aviões ou caminhões (como as da Gol e da Itapemirim), ou redes de lojas (como a Casas Bahia ou Ponto Frio). Instituições não são nem sistemas de "big data" (tais como Google e Facebook).
 

MARCAS, como as mencionadas entre os parênteses acima, DESIGNAM organizações - que podem vir a tornar-se instituições (cito como fonte, aqui, a grande obra "Feitas para durar", de Collins & Porras, 1994). Designam, sim, organizações, mas também NÃO O SÃO, igualmente, os seus prédios, suas fábricas e seus equipamentos.
 

ORGANIZAÇÕES (e instituições), são, sim, PESSOAS reunidas sob um objetivo comum. Esta é a primeira lição dos cursos de Administração. E por isso a "gestão de pessoas" tornou-se, HOJE, "a" disciplina-chave da área. Trata-se de atrair e reter talentos, pois tais PESSOAS são também o centro de outro termo muito usado na atualidade - a INOVAÇÃO. A permanência das pessoas e, também, de visão e valores (a missão costuma mudar mais frequentemente) depende unicamente de GENTE.
 

SE A EMPRESA Chocolates Kopenhagen existe desde 1928, é porque pessoas assim o quiseram. Pedro Amadeu Dos Passos fundadores aos atuais proprietários da marca, passando por gestores, "gourmets" e funcionários - todos foram - e são - responsáveis por reconhecimento, relacionamento, relevância e reputação dos produtos e serviços da empresa nestes últimos 86 anos. E é de se supor que a solidez buscada e mantida por todos que compõem a organização possa levar a Kopenhagen a mais 86 anos de trajetória. Isto faz a diferença. A ponto de podermos afirmar que a Chocolates Kopenhagen é das poucas organizações genuinamente brasileiras que - não sendo do Estado - alcançaram o patamar de instituições.
 

MAS ESTA É OUTRA HISTÓRIA... que Jim Collins manteve-se contando em seus - também ótimos - "Feitas para Vencer, 1998" e "Vencedoras por opção, 2012". A questão, aqui e agora, relaciona-se com a minha profissão e área de formação, as Relações Públicas.
 

RECONHECIDAS em todo o mundo por constituírem práticas "de ponta" em TODAS as esferas (pública, privada e do terceiro setor), no Brasil, "por opção" (citando Collins), as RRPP foram objeto de uma aglutinação de idealistas (ABRP, 1954) que deu tão certo que guindou a instituição, aos seus - apenas - 12 anos de vida, a constituir-se base para a criação do Sistema Conferp-Conrerp, dando-nos a condição de profissão regulamentada - algo que muitos querem mas que, sem "corpus" institucionais (pessoas aglutinadas, interessadas, apaixonadas, dedicadas, obstinadas) claudicam no Congresso Nacional há anos. Algumas, há décadas ("lobbying", por exemplo, vaga penando desde 1978).
 

FUI APRESENTADO ontem, aqui na 1a. Região (estado do Rio de Janeiro), à estratégia estabelecida pelo Conferp para tratar da famigerada "flexibilização da concessão do registro profissional de relações-públicas a não bacharéis em RP". Respeito - porque elegi, regional e nacionalmente - aqueles que estão com o "pulso" da área na ponta dos dedos, mas discordo diametralmente do encaminhamento proposto - o qual coloca em alto risco a manutenção da profissão regulamentada num momento em que o próprio MEC retira as amarras que inspiraram a Carta de Atibaia, tornando-a, ela sim, ultrapassada.
 

LEI É PARA SER CUMPRIDA. E por GENTE que vê valor nisso. Lei não precisa ser "nova", como ouvi na reunião de ontem. Nesse caso, "antiguidade" é valor; a constituição dos Estados Unidos tem mais de 200 anos e funciona. A do Reino Unido, então, tem o dobro dessa idade - funcionando melhor ainda que a estadunidense. E não é pecha ter sido criada na ditadura - como também ouvi. Na ditadura foi criada a maioria das profissões regulamentadas do país, inclusive as de jornalista, publicitário e administrador. Nossa origem é, sim, a ABRP!
 

NÓS, ERREPÊS, precisamos nos posicionar URGENTEMENTE quanto a isto. A omissão - marca maior de nossa categoria (o que tem levado a chapas únicas nas eleições para Conselhos Regionais e Federal, sempre criadas com muita dificuldade, em todo o Brasil) é a fonte desse estado de coisas - e justamente no ano em que se completam 100 anos da atividade!
 

AS FORÇAS LEGÍTIMAS que vêm, não do topo, mas da base do edifício da nossa área - cada vez mais reconhecida como "de elite" no contexto organizacional - precisam posicionar-se e trabalhar para evitar um fim melancólico, por inanição, ou desuso - para citar Lamarck (como, aliás, citei numa das audiências públicas - cujo vídeo está a seguir). Seria mais digno "plebiscitar" os registrados, censitariamente, pela manutenção ou extinção da profissão regulamentada... sobretudo se é verdade para a maioria o que também ouvi, ontem - que os registrados o são SOMENTE por que é obrigatório.

MINHA POSIÇÃO INDIVIDUAL - e "institucional", no OCI (do "alto" de seus 21 meses de vida) é pela manutenção de tudo como está e por assumirem os Conselhos Regionais e Federais PESSOAS realmente interessadas em trabalhar por aquilo que são e que se esforçaram para ser, relações-públicas, e não por interesses de terceiros.




MEMÓRIA. Terça-feira, 22 de julho de 2014. Do RPitacos
Meu posicionamento público sobre a chamada "abertura" da profissão de Relações Públicas
Por Manoel Marcondes Neto

Em 17 de julho último, pus o ponto final em um capítulo preparado especialmente para um livro de colegas relações-públicas, a quem muito agradeço pelo convívio e convite. Coube-me contar a pesquisa - ainda inédita - entre 100 executivos NÃO relações-públicas (por formação ou exercício), em SP, RJ e MG, a qual encerrei em 2012 e que gerou o "composto dos 4 Rs das Relações Públicas Plenas", publicado ainda naquele ano (vide este link), sem os resultados do levantamento, pois ainda estavam sendo tabulados (serão incluídos na próxima edição, completa), para comemorar meus 30 anos de formado. 

Revendo tudo aquilo, relembrando os riquíssimos debates que tínhamos no Conrerp1 (2010-2012) sobre a profissão, a formação, o passado obscuro e o futuro luminoso das Relações Públicas no Brasil, a ausculta pública sobre "flexibilização" que nos extenuou (vide este link), e os rumos dados (ou não dados) pelo Conferp até aqui sobre a questão; apesar da fama de "quadrado" - uma chefe querida me dizia que a cabeça é redonda para podermos mudar de opinião -, mudei minha convicção e sou: 

(1) pela manutenção da Lei 5.377/1967; 
(2) pela devida fiscalização do exercício profissional pelo Sistema Conferp-Conrerp - missão indesviável de toda e qualquer profissão regulamentada -;
(3) por sua efetiva defesa como marco regulador para a comunicação de caráter institucional no Brasil, ainda mais diante das novas diretrizes curriculares nacionais para o bacharelado, as quais reconheceram, finalmente, a especialidade e a especificidade de nossa formação/profissão - em linha com o resto do mundo (que, simplesmente, chama relações públicas de... relações públicas). 

#RP_NELES!
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domingo, 7 de setembro de 2014

Cem Anos de RP no Brasil. Muita história e muito presente.


SATISFAÇÃO TOTAL - de expectativa e de espírito - por participar da RPWEEK. 

Por três dias, pude estar imerso nessa verdadeira fonte de energia vital que é o Todo Mundo Precisa de um RP, culminando com a minha chance de falar à galera na manhã de sábado e ouvir colegas palestrantes do mais alto nível e da maior relevância no mercado. 

Ponto para vocês, queridos Guilherme Alf, Ariane Sefrin Feijó, Amanda Mayumi Takassiki e Pedro Prochno! 

Gratíssimo por existirem e por serem como são! 

RRPP de corpo e alma! 

Segue link para a minha apresentação de ontem: 

http://pt.slideshare.net/marcondesneto/apresentao-rpweek-06-09-2014?utm_source=slideshow&utm_medium=ssemail&utm_campaign=post_upload_view_cta.
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terça-feira, 2 de setembro de 2014

40 ANOS DE CARTEIRA ASSINADA, HOJE.


2 de setembro de 1974: eu começava no meu primeiro emprego, em São Paulo, como auxiliar de escritório. 

Em razão desta função, pré-GPS, conheço bem a minha querida - e maravilhosa - cidade. E sorrio a cada esquina da Brigadeiro, a cada poste da Santo Amaro, a cada imóvel da Avenida Brasil - antes casas, hoje negócios. 

Voltei a morar - e trabalhar - por lá algumas vezes, a última no doutorado, na USP. 

Desde 1985 na UERJ, encontrei-me na docência e para comemorar esta data coloco "no ar" 3 novos vídeos: 

2 tele-aulas - uma de RRPP

outra de Marketing Cultural,

e + uma participação especial no programa Tempo de Escola do Canal Futura. 

Como dizia o meu saudoso colega, jornalista Sílvio Júlio Nassar: "trabalho não é sacrifício, trabalho é privilégio".
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domingo, 17 de agosto de 2014

Todo trabalho é digno. E toda profissão regulamentada exige o pré-requisito da formação específica e o devido registro em Conselho Profissional.


O jornal O Globo noticiou, ontem, que o ex-ministro José Dirceu “digita fichas” (o que ele, aliás, acha “um tédio”, segundo a reportagem) preparadas pela bibliotecária do escritório de advocacia em que o mesmo está trabalhando.

Esta notícia deve-se à a fiscalização feita no escritório pelo Conselho Regional de Biblioteconomia (Regional DF).

José Dirceu recebe 2.100 reais mensais por seu trabalho e esta quantia – pela filosofia do próprio partido do agora digitador – deveria passar a ser considerado “piso” salarial em todo o país; um valor “de entrada” de qualquer cidadão no mercado de trabalho. Se conseguisse isto, o partido jamais deixaria o poder… por gratidão da massa. Mas não foi o que ocorreu em quase doze anos. O salário mínimo brasileiro continua sendo uma vergonha internacional. Pagar o que se paga – legalmente – para um trabalhador por um mês de sua labuta no Brasil, eu considero “trabalho análogo à escravidão”. Leonel Brizola, por sinal, dizia que pagar um salário mínimo era mais barato que manter um escravo…

Enquanto isso, o novo presidente do STF, Ricardo Lewandowski (que ainda nem tomou posse), já está reivindicando, na mídia – onde mais? – aumento dos proventos dos juízes, cujo “teto” salarial é, hoje, de pornográficos (para os padrões brasileiros) 29,4 mil reais mensais.

Quanto a profissões regulamentadas, a atitude do CRB deveria inspirar sobretudo aqueles errepês que relutam em se registrar no nosso Conselho Profissional.

Ter um Sistema Conferp-Conrerp funcionando – ainda que mal (por culpa exclusiva dos que insistem em ficar à margem da lei, mantendo os cofres da Autarquia – e, consequentemente, a função “fiscalização” do mesmo – à míngua) é um privilégio que não pode ser dispensado por qualquer pessoa com boa formação e um mínimo de bom senso.

O próprio José Dirceu já fora “impedido” de assumir a “administração” de um hotel de Brasília – por 20 mil ao mês (remuneração mais condizente com os hábitos gastronômicos dos nossos políticos “profissionais”) por grita do Conselho Regional de Administração. “Para ser gerente…”, alegava o relato da fiscalização, “… é preciso ter cursado Administração e portar o respectivo registro no CRA da Região”.

A imagem é da campanha do Observatório da Comunicação Institucional (OCI) pelos 100 anos de RP no Brasil em 2014.
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domingo, 27 de julho de 2014

Relações Públicas são "business"!


Estou produzindo um "curta" sobre o tema "2014 - Cem Anos de Relações Públicas no Brasil", e os depoimentos até agora são de cair o queixo. 

Os mais antigos - todos - atuaram no nível de "board" das empresas - como acontecia, e ainda acontece hoje, nos países mais desenvolvidos. O que estragou tudo foi a "desimportância" da tal da Comunicação "Social" no universo dos donos de empresas, seus gestores e contratadores. Os gestores públicos sabiam do potencial da nossa atividade, mas estavam sob o tacão militar. 

Infelizmente, "comunicólogos" - há exceções, como sempre - ficam atuando a vida inteira na periferia das coisas que realmente importam no planeta (indústria, comércio, política, gestão, finanças, emprego e renda). Relacionam-nos com entretenimento e com a "perfumaria" do mundo. Influir na tomada de decisões? Nunca! Talvez só na escolha do sabonete, ou do refrigerante, ou do político "profissional". 

RRPP seriam implementadas nas escolas de Administração, em 1967, mas a ditadura não deixou e juntou todo mundo que escrevia debaixo da Comunicação "Social" - conceito inventado décadas antes pela Igreja Católica. 

Só a independência (dada finalmente em setembro de 2013) e uma aproximação radical com a Administração e os Negócios poderá devolver os errepês ao "lugar" de onde a área deriva ("business") e de onde nunca deveríamos ter saído (o parecer de Caio Amaral - vencido no MEC - era neste sentido, contou Edson Schettine de Aguiar, diretor por 21 anos do DEPCOM da UGF). 

Quem lhes conta isto é alguém que ministrou as disciplinas Administração e Assessoria 1 e 2 - por 24 anos -, na Faculdade de Comunicação Social da UERJ, e agora ministra Comunicação Organizacional na Faculdade de Administração e Finanças da mesma universidade. 

Alguém que se formou em um Instituto de Psicologia e Comunicação Social (o "Social" era imposição da ditadura em 1971) que mantinha SOMENTE o curso de Relações Públicas, fiel à tradição dos estudos de persuasão de Edward Bernays e às práticas de David Ogilvy junto à opinião pública - fontes e nascedouro da nossa área... E fundamentais!... Hoje "perdidas" no nosso "comunicólogo" tempo e entregues, de mão-beijada, a engenheiros de "software" e neurocientistas. Mas esta já é outra história.

 #RRPP_SÃO_BUSINESS!

 Evidências: a pioneira escola multidisciplinar, na USP, foi batizada a partir de parecer interno de antes de 1966 - Escola de Comunicações Culturais. Com a pressão da ditadura, mudou sua denominação - em parte - para Escola de Comunicações e Artes. Na UFRJ, onde o curso de Jornalismo tem origens na escola de Ciências Jurídicas (!), foi criada a ECO - Escola de Comunicação. Dois dos pontos de resistência mais conhecidos. Há outros.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Muitas dúvidas, uma certeza: flexibilizar não! Por Júlia Gadelha Torres Furtado (*).


Valorizar os profissionais e não "flexibilizar" o registro profissional, aceitam o desafio?

Sou criadora do ‘evento’ (no Facebook) que quer lutar contra a flexibilização da profissão de relações-públicas. Criado em 2012, já conta com 1.500 participantes e tem incomodado quem luta pela flexibilização.


Já recebi questionamentos tipo:


- Quem é essa relações-públicas que está brigando contra a flexibilização? Algo por que estamos lutando há 15 anos?


- Será que ela não conhece a nossa história? Não leu sobre o assunto?


Não é verdade. Sou apaixonada pela minha profissão e nunca compraria uma briga sem conhecer o assunto, principalmente com o nosso Conselho, que admiro, e aprendi a valorizar. Ponto.


No entanto, penso que não é porque uma proposta é discutida há 15 anos, desde a Carta de Atibaia, que ela terá valor até hoje e não possa ser rediscutida. Afinal, quanta coisa mudou nesses últimos anos? E por que não reaprender sobre uma profissão que se redefine a cada dia?


Por que não discutir a valorização da profissão fazendo um bom diagnóstico que resultaria em ações com o único objetivo de melhorar a imagem da profissão, função que ninguém pode desempenhar melhor que nós mesmos?


Alterar a lei talvez seja um caminho. Ou, talvez, não. Mas acho inadmissível começarmos o debate a partir da premissa de flexibilização já!


Não dá!


O exercício da profissão de relações-públicas é privativa dos bacharéis na área, conforme previsto pela lei nº 5.377, de 11 de dezembro de 1967. Isso não pode mudar. E o Conferp foi criado para fiscalizar o exercício da profissão e punir os que atuam irregularmente, sem registro. Isso não deve mudar, em minha opinião.


Por que considerar que a nossa profissão pode ser exercida sem a formação superior específica? 
Coitado, então, de quem atua legalmente!

E temos centenas de matrículas abertas semestralmente em diversas faculdade do Brasil! Mexam-se estudantes!


Que tal abrirmos o leque de possibilidades de atuação dos profissionais diplomados ao invés de “abrir” nossa profissão para pessoas que não são bacharéis em Relações Públicas?


Vamos valorizar a prata da casa!


Alô, Conferp! Que tal juntarmos a experiência e o conhecimento dos profissionais tarimbados com as recentes experiências da nova geração? Aceita o desafio?


(*) Especialista em Gestão da Comunicação Institucional (Universidade Castelo Branco) e em Gestão Estratégica com ênfase em Pessoas (UFMG). Formou-se em Relações Públicas pela PUC-MG em 2003. Há oito anos é tenente relações-públicas da Força Aérea Brasileira e atua como Chefe de Comunicação Social em Belo Horizonte, além de ministrar aulas de Etiqueta Social e de Comportamento em Mídias Sociais na mesma instituição. Foi aprovada em primeiro lugar em dois concursos públicos para relações-públicas. Foi condecorada com a medalha do mérito Santos Dumont, do estado de Minas Gerais, pelos bons serviços prestados como RP da FAB.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

FLEXIBILIZAR OU FISCALIZAR? EIS A QUESTÃO!


Ontem, foi aprovada pelo Congresso Nacional – e encaminhada a sanção presidencial – lei que obriga farmácias e drogarias a terem um farmacêutico de plantão.

A lei baseia-se em um só ponto central: a questão da Responsabilidade Técnica (RT).

Responsabilidade Técnica é direito-dever das profissões regulamentadas. Como a nossa.

E o reconhecimento disto por todo o arco da sociedade é algo desejável embora difícil e complexo num país com as dimensões e diferenças regionais do Brasil, sobretudo nos quesitos “cidadania” e “direitos civis”.

Porém, a dificuldade não deve ser um entrave num ambiente que se quer civilizado, e fazer jus ao posto de oitava economia da mundo.

Esperemos a sanção presidencial desta lei. Acompanhemos o assunto.

Por analogia, muito interessa neste momento – espero que – final – das discussões sobre “flexibilização” da concessão do registro profissional de relações-públicas a não bacharéis em RP, momento em que se pode cogitar, ao invés de uma decisão interna ao Sistema Conferp-Conrerp (por Resolução Normativa), partir para a revisão da nossa Lei 5.377 no Congresso Nacional.

Lembremos, ancorados na realidade, que o dispositivo acima mencionado – ao largo de toda a discussão sobre real necessidade (hoje toda farmácia e toda drogaria têm que ter um Responsável Técnico) – levou 21 anos para tramitar!

Ora, sabemos que toda comunicação de caráter técnico tem que ter um relações-públicas como Responsável Técnico, o que tem potencial de empregar todos os perfis de RP que as IES puderem formar, ontem, hoje e sempre! E, cá entre nós, melhoraria em muito a comunicação de nossas empresas, entes públicos e organizações da sociedade civil.

Por que não direcionamos nossa energia, no Sistema Conferp-Conrerp, então, para fiscalizar e fazer valer o nosso direito legítimo, assegurado por lei (o que muitas categorias demandam no mesmo Congresso Nacional, há anos), ao invés de “abrir” nosso registro?

Essa é “a” questão.

E todos aqueles que estudam, ensinam, praticam, regulamentam e fiscalizam RP precisam se posicionar quanto a ela.

OBS.: A imagem acima é uma criação de Guilherme Alf e remete ao movimento #TODO_MUNDO_PRECISA_DE_UM_RP. Informe-se sobre. Participe. Colabore.

Em 2014, ao completar 100 anos, nunca mais as Relações Públicas serão as mesmas no Brasil.

[Do Observatório da Comunicação Institucional - em 17/07/2014].
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segunda-feira, 9 de junho de 2014

NA UNISC, com Liza, Fabi e Grazi.


Parece chamada de Big Brother mas não é. É lembrança de minha - mui rica - passagem pela Universidade de Santa Cruz do Sul. Onde fiz amigos - entre eles - essas três competentes professoras de Relações Públicas: Elizabeth Huber Moreira, Fabiana da Costa Pereira e Grazielle Bettina Brandt.

Uma universidade comunitária - aprendi que são onze no estado do RS - exemplo para instituições de ensino superior públicas e privadas, às voltas, umas com as carências do Estado, outras com a exigência de lucro...

Aqui o link para a palestra dada por lá e que versou sobre os 100 anos da atividade de RP no Brasil.
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quarta-feira, 4 de junho de 2014

UMA CARREIRA EM SETE ESTAÇÕES.

CLIQUE AQUI E ASSISTA AGORA A ÍNTEGRA DA ENTREVISTA A MARCIA PELTIER.


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Margarida Kunsch disse certa vez, em sala de aula, que o saber é "artesania intelectual". Pois bem, esta artesania é trabalho de carreira, de vida inteira. É como a construção de uma reputação. É reconhecimento fruto de perseverança. Algo que vai muito além da imagem, ou da relevância que se atinge em determinado momento-flash da vida, ou mesmo dos relacionamentos - que vêm e vão. O conhecimento é um edifício de tijolos pequenos. Mais a argamassa dos encontros, nas organizações. Cada pessoa pode contribuir um pouco. Na academia, cada tese doutoral é um tijolo da construção. Departamentos, faculdades e universidades constituem a argamassa.

2
Em minha carreira, que agora chega a 29 anos na UERJ, os primeiros vôos foram curtos. Comecei como professor auxiliar, ainda no saudoso Instituto de Psicologia e Comunicação Social da UERJ, com 10 horas semanais (era preciso acomodar a nova atividade com a carreira no mercado) e, depois, com o mestrado (da ECO/UFRJ), cheguei a professor assistente. No ano 2000, conclui o doutorado (na ECA/USP) e tornei-me professor adjunto, com minha tese em marketing cultural. E o doutorado é - dizem muitos - só o começo.

3
Nos primeiros anos, as incursões foram tímidas. Cursos de extensão na UERJ e palestras em Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Petrópolis. Veio o primeiro livro, sobre a tese. Depois, alargou-se o circuito: Macaé, Juiz de Fora e São Paulo. Em 2006, a primeira entrevista para uma TV por assinatura. Em 2008, o segundo livro "Relações e Marketing: convergências entre Comunicação e Administração". E, de lá para cá, diversas oportunidades para falar à mídia, sempre em rádios e em emissoras fechadas de TV.

4
Os convites se multiplicaram; Bauru, Salto, Campinas,  Uberlândia, Porto Alegre. Em Passo Fundo, a segunda edição do livro "Marketing Cultural: das práticas à teoria" rendeu-me um prêmio, o Vasco Prado, na 12a. Jornada Nacional de Literatura. E em 2009 comecei nova etapa na carreira, agora na Faculdade de Administração e Finanças da UERJ.

5
Em 2011, com o terceiro livro, em coautoria, sobre Economia da Cultura, veio a chance de falar à CBN, em rede nacional de rádio. Aí o leque se abriu mais: Belo Horizonte, Curitiba, Londrina e Goiânia. Em 2012, com o quarto "filhote", o site "RRPP.com.br" e seus 4 Rs das Relações Públicas Plenas, veio a promoção a professor associado e, consequentemente, viagens mais longas; a Salvador, Aracajú, Maceió, São Luís e Santa Cruz do Sul.

6
E o livro "A transparência é a alma do negócio" - onde explico o mix dos "4 Rs" é o objeto da entrevista de hoje a uma emissora aberta de TV, a Rede CNT-Gazeta, no programa "Marcia Peltier Entrevista". A jornalista foi a primeira colunista de cultura da Globo - fato memorável que comentei com ela durante a gravação havida na Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa, sob a direção de Marco de Cardoso.

7
E a próxima parada está fora do país. É preciso explicar as Relações Públicas Plenas por lá, porque RP no exterior, é sinônimo de assessoria de imprensa, "media relations". No Brasil, o estatuto acadêmico abrangente da área, que completa 60 anos (em 1954 foi fundada a nossa ABRP - base-mestra do Sistema Conferp-Conrerp), é muito mais complexo. Para se ter uma ideia da amplitude da visão de RP "no modo brasileiro", assessoria de imprensa é apenas uma tática no universo de oito estratégias e dezesseis táticas que se desdobram a partir dos 4 Rs originais de minha nova tese. E lá vou eu, "vender o nosso peixe".
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terça-feira, 3 de junho de 2014

O QUE AS RELAÇÕES PÚBLICAS PODEM FAZER POR VOCÊ? Saiba HOJE, na Rede CNT/Gazeta, às 23 horas.


1
Margarida Kunsch disse certa vez, em sala de aula, que o saber é "artesania intelectual". Pois bem, esta artesania é trabalho de carreira, de vida inteira. É como a construção de uma reputação. É reconhecimento fruto de perseverança. Algo que vai muito além da imagem, ou da relevância que se atinge em determinado momento-flash da vida, ou mesmo dos relacionamentos - que vêm e vão. O conhecimento é um edifício de tijolos pequenos. Mais a argamassa dos encontros, nas organizações. Cada pessoa pode contribuir um pouco. Na academia, cada tese doutoral é um tijolo da construção. Departamentos, faculdades e universidades constituem a argamassa.

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Em minha carreira, que agora chega a 29 anos na UERJ, os primeiros vôos foram curtos. Comecei como professor auxiliar, ainda no saudoso Instituto de Psicologia e Comunicação Social da UERJ, com 10 horas semanais (era preciso acomodar a nova atividade com a carreira no mercado) e, depois, com o mestrado (da ECO/UFRJ), cheguei a professor assistente. No ano 2000, conclui o doutorado (na ECA/USP) e tornei-me professor adjunto, com minha tese em marketing cultural. E o doutorado é - dizem muitos - só o começo.

3
Nos primeiros anos, as incursões foram tímidas. Cursos de extensão na UERJ e palestras em Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Petrópolis. Veio o primeiro livro, sobre a tese. Depois, alargou-se o circuito: Macaé, Juiz de Fora e São Paulo. Em 2006, a primeira entrevista para uma TV por assinatura. Em 2008, o segundo livro "Relações e Marketing: convergências entre Comunicação e Administração". E, de lá para cá, diversas oportunidades para falar à mídia, sempre em rádios e em emissoras fechadas de TV.

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Os convites se multiplicaram; Bauru, Salto, Campinas,  Uberlândia, Porto Alegre. Em Passo Fundo, a segunda edição do livro "Marketing Cultural: das práticas à teoria" rendeu-me um prêmio, o Vasco Prado, na 12a. Jornada Nacional de Literatura. E em 2009 comecei nova etapa na carreira, agora na Faculdade de Administração e Finanças da UERJ.

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Em 2011, com o terceiro livro, em coautoria, sobre Economia da Cultura, veio a chance de falar à CBN, em rede nacional de rádio. Aí o leque se abriu mais: Belo Horizonte, Curitiba, Londrina e Goiânia. Em 2012, com o quarto "filhote", o site "RRPP.com.br" e seus 4 Rs das Relações Públicas Plenas, veio a promoção a professor associado e, consequentemente, viagens mais longas; a Salvador, Aracajú, Maceió, São Luís e Santa Cruz do Sul.

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E o livro "A transparência é a alma do negócio" - onde explico o mix dos "4 Rs" será objeto da entrevista de hoje a uma emissora aberta de TV, a Rede CNT-Gazeta, no programa "Marcia Peltier Entrevista". A jornalista foi a primeira colunista de cultura da Globo - fato que lembrei a ela durante a gravação havida na Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa, sob a direção de Marco de Cardoso.

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E a próxima parada está fora do país. É preciso explicar as Relações Públicas Plenas por lá, porque RP no exterior, é sinônimo de assessoria de imprensa, "media relations". No Brasil, o estatuto acadêmico abrangente da área, que completa 60 anos (em 1954 foi fundada a nossa ABRP - base-mestra do Sistema Conferp-Conrerp), é muito mais complexo. Para se ter uma ideia da amplitude da visão de RP "no modo brasileiro", assessoria de imprensa é apenas um tática no universo de oito estratégias e dezesseis táticas que se desdobram a partir dos 4 Rs originais de minha nova tese. E lá vou eu, "vender o nosso peixe".
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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Letramento para a ação de um Conrerp mais RP.

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Toda profissão tem um propósito moral. A Medicina tem a Saúde. O Direito tem a Justiça. Relações Públicas têm a Harmonia – a harmonia social. (Seib e Fitzpatrick, Public Relations Ethics, 1995). In SIMÕES, Roberto Porto. Informação, inteligência e utopia: contribuições à teoria de relações públicas (2006).

Três anos de secretaria-geral no Conrerp1 ensinaram-me muita coisa. Sobre a profissão, sobre a própria formação - coisas que um RP professor, como eu, pode passar ao largo de toda a carreira, sem perceber - e sobre... gente. Sobre pessoas. No caso, sobre colegas relações-públicas.

O resultado foi altamente positivo. Mais registros que baixas - de pessoas físicas e jurídicas. Mais fiscalização e obtenção de mudanças em editais de concursos públicos. Mais esclarecimento, com mais informação para o público em geral - empresas, ONGs e entidades governamentais.

O principal legado - na opinião de todos os 14 "fortes" conselheiros - foi o que chamamos de "fiscalização inteligente". Uma fiscalização menos policialesca e mais educativa. Uma ação mais aproximativa e, aliás, mais condizente com a epígrafe aí acima. "Mais pública e relacional".

Registre-se, pois, o "letramento" que seguimos entre 07/01/2010 e 07/01/2013, no Conrerp1, o nosso A-E-I-O-U fundamental:

Aproximar - o Conselho Profissional de toda a sociedade, a qual desconhece o que sejam profissões regulamentadas em geral - e como este instituto age em favor da cidadania, protegendo-a de más práticas e de maus profissionais;

Educar - o próprio RP quanto a suas prerrogativas pelo fato de ter uma legislação específica para o exercício profissional, um Código de conduta Ética e o instituto legal do direito-dever da Responsabilidade Técnica;

Informar - entes estatais, empresas privadas e organizações da sociedade civil sobre o papel que os/as relações-públicas podem desempenhar, para muito além da assessoria de comunicação e organização de eventos;

Ouvir - sempre, tudo e todos, assumindo uma atitude de acolhimento, empatia, com um approach de ombudsman, ou seja, sendo advogado do colaborador e do cliente no seio da organização, estimulando o diálogo como a melhor forma de convivência e harmonização de contrários;

Universalizar - a ação institucionalizante do errepê e das RRPP. No Brasil, a comunicação institucional é mais difícil porque não se tem, ainda, universalizada, a noção de quão importante é - para o processo civilizatório - despersonalizar a política - tanto a pública quanto a privada - e institucionalizar a vida em sociedade.

Manoel Marcondes Machado Neto, Reg. 3474 - Conrerp1.
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sexta-feira, 11 de abril de 2014

“A outra face da medalha da Ética é a Transparência”. Por Manoel Marcondes Neto, do Observatório da Comunicação Institucional, doutor pela ECA/USP.


Fala inicial no Painel “Os dilemas éticos da comunicação”, 3o. Fórum Abracom de Gestão da Comunicação Corporativa, São Paulo, 09/04/2014.

Agradeço muitíssimo a Abracom, sua diretoria e membros associados, a gentileza de abrir esta oportunidade ao OCI, uma entidade sem fins econômicos ainda bebê, criada há um ano e dois meses apenas.

Falar após uma filósofa como Terezinha Rios não é fácil... Preparei um texto, mas devido ao horário e às indagações colocadas por Eugênio Bucci, reformulei e adaptei também à luz do que pude ouvir no momento anterior deste Fórum...

Tratando de dilemas contemporâneos que afetam diretamente a nossa área de comunicação, listei cinco situações, questões, ou instâncias às quais o Brasil pede leitura e respostas:

1. Instituições fortes ou não?
2. Planejamento ou cultura do improviso?
3. Poder econômico ou poder político?
4. Estado mínimo ou Estado indutor?
5. Jornalismo forte ou “jornalismo de assessoria”?

Antes, porém, é preciso fazer três anotações que julgo necessárias sobre o Painel que nos antecedeu.

- É, no mínimo, curioso que neste Fórum, numa mesma frase, tenhamos ouvido um clamor por “instituições fortes” seguido de uma “prece” por “explosão” do Sistema Conferp-Conrerp.

- Também é paradoxal, incoerente, e intrigante, que quem tenha participado da comissão de especialistas que “enterrou” a ideia de polivalência da comunicação “social”, compartimentando – por decreto – Jornalismo, Relações Públicas, e possivelmente as demais (antigas) habilitações da área de saber, pregue uma ideia – indutiva, propagandística, impositiva – de... “mestiçagem”.

- E na sequência, ainda, que, falaciosamente, se lembre do “tempo da ditadura” para referir-se aos relações-públicas, quando as ocupações formais de publicitário e jornalista (com seus DRTs e MTbs) também foram estabelecidas por leis nos mesmos anos de chumbo.

Agora, prosseguindo: o que, afinal, queremos?

Somos ruins de planejamento, no Brasil, porque somos excelentes na improvisação? Ou improvisamos porque não sabemos planejar – e cumprir planos? Sabemos que a Copa do Mundo aconteceria no país desde 2007 e, hoje, metade dos 12 aeroportos das cidades-sede tem as suas reformas inacabadas até depois do torneio mundial, assumidamente. Vendemos ao mundo imagens desenhadas, ilustradas, edulcoradas... mas a realidade nos revela um rascunho bem menos “artístico”. Em 2011 aprovamos em Brasília uma lei que permite a governadores e prefeitos decretar “feriados” nos dias de jogos. Para que, então, as obras “especiais” de mobilidade urbana (superfaturadas por “urgentes”), se não haverá trabalho e aulas naquelas datas?

Queremos uma democracia, mas nos rendemos ao diuturno noticiário em que o poder econômico avassala as relações políticas. E uma lei que limita a presença ilimitada de empresas no financiamento de campanhas eleitorais foi alvo de providencial “pedido de vistas” no STF para que isto “não atrapalhe” o pleito de outubro próximo...

Queremos um Estado “presente”! Votamos nesta ideia para o poder central já por três vezes seguidas, em oposição à ideologia anterior de “Estado mínimo”. Mas o que tem sido “entregue” a nós? Num e noutro “regimes”, o uso do Estado por uma casta de políticos “profissionais” sempre de costas para o povo. Recentemente houve o estabelecimento de parceria entre a Rede Globo e a “tele” Oi. Ou seja, os medos da mídia eletrônica em termos da concorrência “desleal” das teles simplesmente desapareceram. E o mercado publicitário concentrou-se ainda mais – em situação de genuíno monopólio. E o que faz o Ministério das Comunicações? E o CADE? O mais eloquente dos silêncios.

Em São Paulo, ainda vive-se sob duas grandes “casas jornalísticas tradicionais”. Lê-se a “Folha” ou o “Estado”. Claro está que isto é só uma redução “didática”, ainda mais em tempos de internet. Mas o que dizer do Rio de Janeiro, segundo centro econômico, político e cultural do país? Tem-se só “O Globo” por lá, após a melancólica saída de cena do contraponto oferecido pelo Jornal do Brasil. Como esta plateia reagiria se amanhã de manhã só houvesse uma das duas tradicionais opções dependurada nas bancas?

Assessoria de comunicação forte combina melhor com a ideia de jornalismo forte, diverso. Se a assessoria de comunicação é forte, mas o jornalismo fraco, o que advém? Um “jornalismo de assessoria”, imposto, como hoje, por cerca de 25 empresas fortíssimas no segmento, as quais, se um lockout promovessem, não teríamos jornais para ler ou telejornais para assistir no day after. Sobraria, talvez, algum rádio... e a internet.

Essas questões inquietam o setor. E devem ser – para usar um termo da moda – “endereçadas” aos verdadeiros centros pensantes da nação. Este Fórum da Abracom é um deles.

Ao debate, pois.
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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Hoje tem início a campanha permanente de mobilização de recursos para a causa de uma - boa - Comunicação Institucional!


Agora você já pode se associar ao OBSERVATÓRIO DA COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL. Tanto como pessoa física quanto como pessoa jurídica.

No ar há 14 meses, desde 01/02/2013, o OCI agora atingiu o estágio que nos permite ir ao seu encontro para convidá-lo a juntar-se a nós pela causa da comunicação institucional alicerçada na verdade factual, completa, e que traz a tão demandada transparência nos negócios.

Nesta caminhada, angariamos admiração, estímulo e apoios. Alguns ainda estão em gestação, mas o primeiro deles – já formal – e com benefícios aos associados OCI, já podemos anunciar com satisfação – o apoio institucional das Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA) – nossa primeira IES PARCEIRA, graças ao descortino e entusiasmo de Márcia Pfisterer Alonso, vice-presidente da Organização Hélio Alonso de Educação e Cultura.

Tradicional escola de comunicação do Rio de Janeiro, a FACHA orgulha-se – tanto que colocou isto em seu slogan – de que “em todo lugar tem alguém da FACHA”. Formando jornalistas, publicitários e relações-públicas há décadas, a FACHA é responsável direta pelo êxito de profissionais que estão espalhados pelo Brasil. Seu curso de Relações Públicas, de 1972, é pioneiro em uma IES (Instituição de Ensino Superior) particular no estado e é coordenado pela colega RP Maria Helena Carmo dos Santos – a quem somos muito gratos pelo empenho para que este sonho se realizasse.

E haverá mais IES PARCEIRAS. Você mesmo, que estuda ou trabalha em um dos 107 cursos de Relações Públicas pelo país afora, estimule seu coordenador a aceitar o convite à parceria com o OCI. Queremos “embaixadores” pelo Brasil inteiro. E hoje oficializamos nossa primeira “embaixada”. Bem-vinda, FACHA! Que as convergências que identificamos inspirem mais e mais gente à causa – também comum ao OCI – da boa formação, da educação continuada e da valorização da cidadania. E nosso fraterno abraço ao mestre e pioneiro RP Hélio Alonso – Reg. Conrerp1 2216.

ASSOCIE-SE ao OCI.

Somos uma sociedade educativa dedicada à elevação dos patamares da cidadania individual e corporativa por meio da pesquisa, ensino e estímulo às melhores práticas de gestão. Uma boa causa!

Participe!
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quinta-feira, 20 de março de 2014

Mais uma jabuticaba...

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Se um artigo quer ser mesmo "científico", cuidado com o uso do termo "endomarketing", porque - academicamente - isto não existe. Surgido em 1995, não tem significado em inglês - idioma em que supostamente se funda - e não foi objeto de construção teórica no âmbito acadêmico-científico. É uma "logomarca", "brasileira", apesar do nome "gringo", registrada por seu autor no INPI - Saul Bekin -, o que dá autoria e propriedade ao criador do termo, mas não dá legitimidade ao "conceito" de construto de "conhecimento" teórico. 

Tupiniquins adoram...

Endomarketing existe só na 'praxis' de quem adota o conceito, sejam estudantes, leitores dos livros que ostentam o termo e, até, professores que difundem algo sem base acadêmica, o que é uma lástima - só mais uma "moda" que pegou. Seria melhor utilizar as inúmeras publicações - de real valor científico - sob a égide "Comunicação Interna" (207.000 entradas no Google Acadêmico). 

Usar termos como este é algo válido no meio executivo, porque este ambiente - lamentavelmente - não presta muita atenção na Academia, no Brasil - o que considero falha grave das organizações. Essa doença, infelizmente, vitima muitos brasileiros de boa-fé que pensam que é sério, e verdade, tudo aquilo que vem grafado em inglês e cujo autor tenha sobrenome estrangeiro. 

Marketing orientado ao público interno - isto sim! 

Estudos acadêmicos de autoridade nesta temática - do uso do arsenal de marketing no âmbito interno das organizações - são classificados internacionalmente sob o jargão "internal marketing orientation" (938.000 entradas no Google Acadêmico CONTRA 2.750 entradas para "endomarketing"), que traduzimos por "marketing orientado ao público interno". Se você utilizar textos e autores acadêmicos nesta linha, aí sim terá um produto que poderá ser chamado "científico" em mãos. 

Saudações públicas relacionais.
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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Relações Públicas são o presente da comunicação organizacional.


Este ano o Cannes Lions terá mais uma novidade. 

O festival apresenta o Young Lions PR, abre espaço para jovens profissionais de relações públicas e tem como objetivo mostrar como essa área é utilizada pelas organizações, seja para envolver o público, seja para lidar com uma situação específica em que o cliente
tenha que se posicionar publicamente.

Veja a matéria completa do Jornal Propaganda & Marketing de 17/02/2014:


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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Pardon me...

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O bom relações-públicas não se esconde atrás de jargões ininteligíveis e estrangeirismos, vício muito presente nas áreas de T.I. e no Marketing. 

Ao invés de "Storytelling", por exemplo, utilizo "Arte Narrativa". 

Há casos, como com o próprio "marketing", e com o "branding", que não ganharam tradução - aliás, Manoel Maria de Vasconcellos conta uma história dessas em seu livro "Marketing Básico". 

Mas, em RP, temos sempre que falar também para não iniciados. 
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sábado, 8 de fevereiro de 2014

E SE A GENTE JOGASSE NO MESMO TIME?

Esta semana estivemos, Marcelo Ficher e eu, em São Paulo para mais um roadshow do Observatório da Comunicação Institucional - OCI, e um dos comentários mais contundentes que ouvimos é que o meio de RRPP tem fama de desunido... Em nossa opinião, "tinha", ou - pelo menos - tem, AGORA, tudo para não ser desunido.

E essa iniciativa - "E SE A GENTE JOGASSE NO MESMO TIME?" tem tudo a ver com isso!

Em 32 anos de formado, nunca vi tantas frentes sendo abertas no nosso campo. De faculdades, de agências, de grupos de pessoas se associando, de estudantes vibrantes... até os Conselhos (embora em velocidade muito menor) apresentam-se de modo mais propositivo.

O próprio OCI é marcadamente uma iniciativa em prol das Relações Públicas como área especializada, e de relações-públicas como perfil profissional diferenciado em termos de formação.

Como - muito bem - disse Muriel de Paula, do Relacione-se! (outra bela iniciativa!), - e ficou gravado no vídeo da posse no Conrerp1 em 07/01/2013: "... não falo mais de uma profissão do futuro, vou falar de uma profissão do presente".

#COLETIVO_RP!
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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Parabéns errepês do Brasil! Parabéns RRPP brasileiras!


Há exatos 100 anos, em 30 de janeiro de 1914 - somente 8 anos depois do surgimento da profissão nos Estados Unidos - era criado o primeiro departamento de Relações Públicas no Brasil.

A empresa pioneira foi a Light (hoje AES Eletropaulo), e o titular a assumir a área foi o engenheiro alagoano Eduardo Pinheiro Lobo (1876-1933) - que viria a tornar-se patrono da profissão no Brasil, sendo seu dia de nascimento - 02 de dezembro - estabelecido pela Lei Nº. 7.197 de 14 de Junho de 1984 como Dia Nacional de Relações Públicas.

O primeiro departamento em empresa brasileira viria a ser criado em 1951, na CSN, o primeiro curso de especialização, na FGV (1953), e de bacharelado, na USP, em 1967 - mesmo ano de regulamentação da profissão.

O Sistema Conferp-Conrerp foi criado em 1971 a partir dos esforços realizados pela ABRP (de 1954).

Uma bela história, que será contada em livro pelo Observatório da Comunicação Institucional, a ser lançado em dezembro com eventos em todo o país.

Parabéns errepês do Brasil! Parabéns RRPP brasileiras!

Observatório da Comunicação Institucional foi pioneiro na iniciativa das comemorações do centenário. Confira: http://oci-rp.blogspot.com.br/2013/05/se-voce-de-todo-o-brasil-quer.html.
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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Se a moda pega...

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Este foi o comentário postado num Grupo de Discussão de Relações Públicas no Facebook, semana passada.

Aludia a uma determinada ação fiscalizatória da OAB...

Não pude deixar de fazer meu comentário, que reproduzo:

Colegas errepês: isto não é moda, é lei. 

Precisamos - em minha opinião - estar do lado das pessoas que acreditam que o Brasil pode ser um país onde, além das modas, leis "pegam" e são cumpridas. 

Precisamos deixar para trás o "país do me-engana-que-eu-gosto", "só p'ra inglês ver" e sempre "em construção. 

Uma nação é feita de pessoas e pessoas precisam de causas para beneficiarem-se de seus efeitos. 

Se nossa causa é a - boa - comunicação institucional, precisamos ser partícipes da construção de melhores instituições. 

E se temos uma profissão com todo o aparato legal da regulamentação, a "moda" tem que ser fiscalizar e cumpri-la, e não duvidar de sua razão de ser e pertinência. 

Fora dessa "filosofia", caríssimos, a escolha pela formação em RP terá sido um equívoco. 

E quando vier a sanha desregulamentadora estaremos com um diploma meio "fake" nas mãos, algo parecido com a sensação de quem optou por Jornalismo e viu o Brasil dizer não à necessidade de curso superior para o seu exercício profissional.
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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

VOCÊ ESTUDA RELAÇÕES PÚBLICAS E TEM DÚVIDAS SOBRE REGISTRAR-SE OU NÃO EM SEU CONSELHO PROFISSIONAL?

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Um post de Manoel Marcondes Neto, de hoje, reproduzido de um grupo de discussão da área no Facebook:

Esse tópico está demais!

Que boa maneira de começar um ano novo! Abraços a todos os errepês - registrados ou não (que isso é uma questão de tempo... acredito nisto!). Testemunhos positivos é que mudam algo no mundo. É o boca-a-boca a melhor maneira de se divulgar algo - sobretudo uma causa, como a nossa.

Causa?

Que causa, se a profissão já tem 45 anos de criada? A causa de um país mais civilizado! Quem escolheu formar-se em RP tem compromisso com isto! Porque só em um país realmente civilizado é que temos instituições. E só com instituições é que se demanda a nossa principal contribuição profissional: trabalhar para uma - boa - comunicação institucional.

Se não reforçarmos as instituições (que tal começar com a nossa própria?), esqueçamos as relações públicas. Elas são desnecessárias em ambientes que não prezam a transparência. Nossa luta - para quem escolheu estudar RP - é muito maior que nosso "mundinho". Por isso temos crescido em importância no universo dos negócios - os gestores estão cada vez mais cientes das necessidade de relacionamento e reputação das organizações (ou seja, demandando nossas habilidades e competências específicas).

Nossa "briga" é com patrões que descuidam das boas relações internas, com gestores públicos que não estão nem aí para seu compromisso... público para com o cidadão, com gestores privados que "se lixam" para o consumidor/usuário/cliente. E somos, no Brasil, o último bastião antes da barbárie no setor das comunicações. Gente sem escrúpulos - maus patrões e políticos "profissionais" - derrubou TODOS os regulamentos da área... até a necessidade do diploma de Jornalismo para exercício profissional! Até a lei de imprensa! Que, mesmo com seus defeitos, previa o direito de resposta... um direito que não existe mais! E derrubado pelo STF! E temos um marco regulatório podre de velho, pois que de 1962 - intocado, defasado, do tempo em que não existia TV a cores, telefonia celular, internet, sms, redes sociais digitais...

Os "adversários" são muitos e muito poderosos?

Melhor ainda! Para quem escolheu RP, isto deve ser estímulo, e não sinal de derrota. Ou então a pessoa realmente equivocou-se na escolha da carreira. Nossa batalha é pela cidadania - e como sempre disse (quando dei a minha contribuição voluntária de 3 anos trabalhando no Sistema Conferp-Conrerp): "conselho profissional não existe para fazer qualquer outra coisa (que não a regulação da atividade) pelo profissional - isso é atribuição de sindicatos e associações - conselhos profissionais existem, sim, para proteger a cidadania do mau exercício profissional, e, no nosso caso, da má comunicação institucional - a comunicação pela metade, incompleta, que induz a erro de julgamento, da comunicação mentirosa, enganosa". E disso o Brasil está repleto, esperando que os errepês dêem sua contribuição. Profissional e ética.

E código de conduta ética é privativo das profissões regulamentadas.
São só 61 em um universo de 2.511 ocupações listadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Um privilégio, pois. E o que vamos fazer com isso, com essa conquista? Deixar minguar por falta de compromisso com a profissão que escolhemos? Não acredito nisso. Acredito que haja péssimos professores fazendo um péssimo trabalho na disciplina de "Legislação e Ética" nas faculdades...

Por isso - uma das razões mais fortes, pelo menos para mim, de criação do Observatório da Comunicação Institucional - um instrumento a serviço desta disciplina e daqueles que têm que ministrá-la, colocando nossos estudantes a par do que é importante em termos legais.

A profissão de relações-públicas completará, em 2014, 46 anos de regulamentação e 100 anos de existência no país. Que tal dar a necessária "virada" agora, trazendo todo mundo para o Sistema? Esse é o desafio, tanto de quem está dentro, acreditando, quanto de quem está fora - ainda com dúvidas sobre engajar-se nessa luta ou não. Para mim - registrado desde estudante (Registro P-256 - Conrerp1), a luta continua!

Feliz Ano Novo a todos!

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